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Geração Distribuída: Entenda o que é, como funciona e por que é o futuro da energia no Brasil

O modelo tradicional de energia, com grandes usinas hidrelétricas e longas linhas de transmissão, está sendo desafiado por uma tecnologia mais democrática, eficiente e sustentável: a geração distribuída de energia (GD). Essa modalidade permite que consumidores, empresas e até mesmo pequenas comunidades produzam sua própria eletricidade, transformando-os de meros usuários em produtores de energia.

Neste guia, vamos desvendar o que é a geração distribuída, como ela funciona na prática e por que essa tecnologia é uma das maiores revoluções energéticas do nosso tempo.


O que é Geração Distribuída (GD)?

A geração distribuída é a produção de energia elétrica realizada no local de consumo, ou próximo a ele, a partir de fontes renováveis. Em vez de depender exclusivamente da concessionária de energia, o consumidor instala um sistema próprio (como painéis solares em um telhado) e se torna autossuficiente, pelo menos em parte. O principal objetivo é reduzir a demanda da rede pública, diminuir o custo da conta de luz e promover a sustentabilidade.


Como a Geração Distribuída Funciona na Prática?

O processo de geração distribuída, que parece complexo, é uma sequência lógica e bem definida, sendo a energia solar fotovoltaica o exemplo mais comum e popular.

1. Geração de Energia

Tudo começa com a captação da luz solar. Os painéis solares instalados no telhado de uma casa ou empresa convertem a luz do sol em corrente contínua (CC).

2. Conexão com a Rede

A corrente contínua é incompatível com os eletrodomésticos, que funcionam com corrente alternada (CA). É aí que entra o inversor solar, um aparelho que recebe a energia dos painéis e a transforma em corrente alternada. Essa energia pode ser usada imediatamente no local de consumo.

3. O Sistema de Compensação de Energia

Este é o ponto mais inovador da GD. Se a produção de energia for maior do que o consumo imediato, o excedente não é desperdiçado. Ele é injetado na rede elétrica da concessionária. Em troca, o produtor recebe créditos de energia, que são abatidos na sua conta de luz. Esses créditos podem ser usados em horários em que a produção é zero (como à noite) ou em dias nublados. É o chamado sistema de compensação, regulamentado pela ANEEL.

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